25 de setembro de 2023

Peru



O Brasil se considera um continente, diferente dos outros países da América Latina. Não chegam muitas informações ou notícias dos vizinhos, a não ser quando ocorre algo muito fora do comum, mas em geral mesmo assim são pequenas notas. 
Antes de viajar ao Peru eu só sabia que lá se come ceviche, quinoa e milhos de vários tipos, não necessariamente nessa ordem. Vizinho ao Acre. E que lá estão as ruínas dos incas, principalmente Machu Picchu. E que houve uma tentativa de golpe de estado há poucos meses, com a prisão do presidente. Pronto, pequeno resumo da cultura peruano que chega ao Brasil.

Para comemorar meus quarenta anos fomos para o Peru. Voo direto de Brasília a Lima, poucas horas. E depois para Cusco, a capital do império inca e o umbigo do mundo inca. Assim que chegamos já deu para sentir uma identificação, pois há muito mais coisas parecidas do que diferentes. Colonização europeia, desigualdade social e instabilidade política. 

Cusco me pareceu um pouco as cidades históricas mineiras com suas ruas de paralelepípedo e os sobrados coloniais. Mas sem a escravização africana e o extermínio dos povos tradicionais. E com as ruínas incas, construções que resistiram a séculos de colonização e a vários terremotos.

Machu Picchu foi um dos lugares mais lindos que eu já fui. Até agora não consigo explicar. O trem (com uma pequena peça de teatro musical), o ônibus (rente ao despenhadeiro), a chegada de perder o fôlego, as ruínas em si, os alinhamentos com o sol e as estrelas. Sentir a cultura inca ainda tão viva. O condor, o jaguar e a serpente. As lhamas e alpacas pastando aos pés das ruínas. Tão tranquilas, como grandes poodles misturados com ovelhas e camelos.

Lima parece uma mistura de Rio de Janeiro com São Paulo. Uma metrópole com praia, cheia de restaurantes e cafés, igrejas coloniais. Mas bem segura e limpa.

Foram muitos ceviches, chichas moradas, inca colas, chicharrónes, choclos, arroz chifas, tacu tacu, lomo saltado, cusqueñas, piscos e tudo mais. Voltei apaixonado pelo Peru, pelos soles, pelas lhamas, alpacas, cuis (não tive coragem de comer os porquinhos-da-índia). As pessoas todas muito simpáticas, muita gente com roupas típicas sem ser para turista ver. Uma viagem perfeita! Mal posso esperar para voltar. Mais fotos aqui.

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