14 de janeiro de 2011

Papel passado?

Não lembro direito de quem foi a ideia, quando me dei conta a gente já havia escrito em um guardanapo (ou um flyer) a previsão mensal de gastos para que juntássemos as escovas de dentes. Estava lá o dinheiro para a internet, alimentação, aluguel e todas essas coisas. Antes mesmo de haver um apartamento em mente, já tínhamos comprado uma mesa, quatro cadeiras, tapete e até luminária em forma de cachorro. Passaram ainda uns três ou quatro meses até que finalmente achamos um apartamento legal e não muito caro pra finalmente deixar as escovas de dente ali juntinhas no banheiro. Não teve cerimônia, nem chá de casa ou qualquer outra coisa. Simplesmente enchemos um colchão de ar e dormimos ali na sala escutando um dvd da Gal Costa. E nesse dia senti tanta paz, estava em casa. Ou melhor, estávamos em casa. Já estamos no segundo apartamento, mais de dois anos após aquele primeiro guardanapo (ou flyer) e ainda me pego olhando pra você e pensando em como quase tudo explode ao nosso redor, mas chegar em casa e te ver ali mexendo no seu notebook, tomando um drink no canudinho ou cochilando no quarto, sério, o mundo pode explodir, mas olho pra você e não me importo com o cotidiano massacrante ou todos os perrengues que a gente já passou. Olho pra você e penso: "já era, mano!". É com você mesmo que eu quero viver! Não importa se não tem papel passado, cerimônia, festa, lua de mel. O que importa é a gente junto. Tenho te amado mais esses dias, assim de graça.

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