25 de fevereiro de 2012

Tonelada

Não entendo como se pode juntar tanta quinquilharia. Entre ontem e hoje enchi cinco vezes meu carro pra levar as coisas do meu apartamento para a casa dos meus pais. Coisas que eu nem lembrava que tinha, outras que nunca havia usado. Resolvi fazer tudo isso sozinho, assim teria a real noção do peso das minhas coisas. Encaixotar, levar para o carro, enchê-lo, dirigir até a casa dos meus pais, esvazia-lo e depois começar tudo de novo.

No começo me deu uma vontade danada de chorar, de deitar na nossa cama e fingir que tudo isso passar num estalar de dedos e eu já estaria morando aí. Mas foi bom passar esse sufoco e perceber que se eu não fizer, ninguém vai fazer por mim. E então tudo começou a ficar mais leve. Aquela tonelada começou a ficar mais e mais leve.

Claro, é bem difícil deixar o apartamento que gostei tanto de morar, deixar minha privacidade, meu domínio do tempo, de fazer o quisesse ali dentro. E voltar pra casa dos meus pais, a mesma casa que nasci e fui criado. E tentar enxergar isso não como um retrocesso, mas sim um recolhimento necessário antes de um passo maior. Aliás, um passo gigantesco!

Agora acho que a cada um ano e meio ou dois anos tem de se fazer uma mudança. Jogar fora o que não se usa mais, ficar só com o necessário!

E vou chegar lá no nosso próximo apartamento bem levinho. Só com o mínimo! E vamos crescer muito por aí!

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