31 de março de 2013

Por lá

Não achei que queria ir, mas percebi o quanto me fez bem ter ido pra Brasília. Dias de descanso, de carinho, de presentes. Dias leves com chocolate, com risadas, com peixes e quibes. Cidade verde, passarinhos, chuva fina, memórias. No caminho para o avião parecia que tinha uns oito anos e meu pai me levava ao colégio. Ele dirigia tanto o carro que me levava ao aeroporto como o carro dos anos oitenta, passeando pelo Eixinho enquanto eu olhava tudo pela janela: prédios, carros, janelas, gente e cachorros. Alternava como um pisca-pisca de Natal o eu de agora com aquele eu-criança. E qual desses eus seria mais eu? De longe é mais fácil entender.

Um pouco antes de seguir para o aeroporto fui ao quintal de casa. Descalço, senti a grama, o sol, a enorme árvore. Estava ainda mais novo, uns três, quatro anos de idade. Mas já tenho quase trinta. Acordo, pego as malas e sigo para São Paulo.

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