11 de janeiro de 2015

Três meses de férias



Meu último dia de trabalho foi em 24/10/2014 em um dos maiores escritórios de advocacia de São Paulo, onde eu nunca sabia ao certo que horas eu voltaria e para a casa e se eu teria ou não de trabalhar no final de semana e onde eu nunca achei que fosse capaz de trabalhar. Mas foi lá que eu aprendi o que é trabalho, a ter responsabilidade e a amadurecer profissionalmente.

E então meus pais me chamaram para voltar para Brasília, me ajudaram com um apartamento lindo e eu me dei a chance de ficar quase três meses sem trabalhar, usando o dinheiro da demissão do antigo trabalho até que eu finalmente descobrisse o que eu queria fazer. Parecia tempo e dinheiro de sobra para eu poder fazer isso. E uma proposta irrecusável.

Bem, meu dinheiro já está no final e eu não pensei ao certo o que eu queria fazer da minha vida. Ao invés disso eu decidi descansar, algo que eu não sabia o que era nos três anos de vida paulista. Descansei, dormi muito, curti o apartamento e a cidade.

Redescobri a cidade e revisitei vários pontos que eu não ia há muito tempo. O parque de diversões, o zoológico, o planetário, o Cine Brasília, o Parque da Cidade, Igrejinha, Ermida. Tomei sol, nadei, li, revi vários amigos, fiz novos amigos, curti minha família. Vi que a cidade está diferente, mais vibrante e com mais eventos ao ar livre e com uma sensação de identidade própria. E o tempo e o dinheiro voaram.

Decidi voltar para o meu emprego brasiliense antigo, no serviço público. Amanhã vai ser o primeiro dia dessa volta. Frio na barriga, sensação de retrocesso, mas ao mesmo tempo uma possibilidade de ter um emprego mais tranquilo e com um horário de trabalho razoável em que eu posso chegar em casa antes das 18h quase todos os dias.

Mas ok, a curto prazo tudo parece tranquilo. E a longo prazo? Não posso ficar nesse emprego o resto da minha vida. Estudo para outros concursos? Faço um curso? Começo um site? Cozinho para fora? Invisto na fotografia. Não tenho ideia. Amanhã começo o emprego velho-novo e por enquanto só quero focar nessa volta, na readaptação, voltar a fazer academia, me alimentar direito, preparar minha marmita e lanches saudáveis.

Sábado eu quero fazer minha metas. Eu sei, sempre adiando. Mas vai, um passo de cada vez.

Esses três meses foram maravilhosos. Não sei quando (e se) eu vou ter a chance de fazer isso de novo, mas foi essencial para colocar minha cabeça no lugar depois de me sentir tão cinza, tão arrastado.

Amanhã começa uma nova fase e a volta para a realidade e isso tudo não precisa ser ruim e cheio de idealizações e frustrações.

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