27 de setembro de 2016

Arqueologia

Mais ou menos quando aprendi a ler peguei uma paixão por um livro desses da coleção Larrousse sobre o Egito. Tinha livros sobre Roma, Grécia, Mesopotamia na biblioteca dos meus pais, mas eu só gostava do Egito. Eram muitas figuras de hieróglifos, pirâmides, faraós e, claro, o busto da Nefertite, que até hoje me lembro. Foi a primeira vez que entendi que deveria haver algo depois que a gente morria, quando vi um capítulo sobre "o além vida", com um barco levando várias daquelas figuras que só andavam de lado, com balanças e pessoas com cabeças de animais. Por essa época só pensava em ser arqueólogo quando eu finalmente crescesse. Imagina aprender a ler aqueles símbolos egípcios? E ir para desertos para cavar buracos atrás de rastros de civilizações antigas? Com o tempo a arqueologia ficou cada vez mais distante, mas ficou a curiosidade por coisas antigas, essas que a gente chama de "vintage" hoje, apesar de nem sempre esses objetos terem só duas décadas. E também sou fascinado pela forma como as pessoas viviam antigamente, quando as fotos eram ainda em preto e branco ou amareladas. Há alguns meses fui na casa dos meus pais pra ver se eles ainda tinham esse livro do Egito, mas há anos eles doaram pra um sebo... Voltei a estudar o Egito numa das aulas de História da Arte na faculdade e só lembrava do tanto que gostava de folhear esse livro e desse meu desejo de ser arqueólogo.

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