15 de janeiro de 2017

Débitos

Crise econômica e política há meses. Tudo está mais caro no mercado e todo o comércio tenta dar um jeito de vender mais, mas todo mundo pensa duas vezes em gastar o dinheiro.

E de repente no mar de 'passa no débito' e nas farra de compras de coisa pro carnaval, percebi que não posso gastar tanto. 

Eu lembro como eram as coisas antes de 1994, com várias moedas diferentes, as máquinas de colocar etiquetas de preço nas mercadorias do mercado e como tudo ficava mais caro todos os dias. Preços congelados, três zeros cortados no final do preço, compras de mês, poupança sequestrada, filas e mais filas. E então veio o R$ e deu aquela impressão de que tudo ia melhorar. Moeda forte, paridade com o dólar, poder de compra. Um crise um 1997 quando foi retirada a paridade ao dólar a pedido do FMI, mas então a partir de 2002 e os programas de distribuição de renda tudo parecia melhorar de novo na economia, mesmo que no comércio internacional a gente só venda mesmo as compositores e tudo é muito instável. E então mais crises em tudo. E tudo de novo outra vez, de volta aos anos 90.

Mas enfim, tudo isso pra dizer que agora rola mais um crise num país cheio de crises. E não, as coisas não parecem melhorar tão cedo. Mas sei lá, me descontrolei e gastei um monte nesse começo de ano. Uma mistura de 'passa no débito' com 'parcela em quantas vezes?'.

E toda essa situação econômica tem feito a gente mudar o jeito de comprar aqui em casa. Paramos com os deliveries de comida, vamos mais na feira comprar verduras e legumes, planejamos as refeições, temos ficado mais em casa, mais filmes e séries. Tem que repensar os gastos, tem que repensar as compras, tem que pensar, sair do automático, resignificar. O jeito é dar um jeito mesmo...


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