12 de janeiro de 2017

Se a vida é...

Nesse ano eu faço trinta e quatro. Ainda tem uns oito meses de trinta e três, mas uau, trinta e quatro já é bem mais pra lá do que pra cá. Consegui me libertar de vários conceitos que eu tinha firmes na minha cabeça de como alguém com trinta e poucos (já caminhando pros trinta e muitos!) deveria ser. Emprego, dinheiro, viagens, casa, carro. Eu me sinto bem atrasado em relação a tudo isso, meio que preso num eterno vinte e poucos anos, sem muita grana, num emprego não-definitivo, ainda inseguro a várias questões, preocupado em emagrecer e a comer bem e de volta à Universidade.

E então eu entendi que não existe uma vida padrão. Não existe um lista de regras de como uma pessoa deve estar em cada idade de sua vida. Até tentam enfiar isso na nossa cabeça, mas na realidade nada disso existe. Todas essas expectativas de como se deve ser são das outras pessoas e não nossas. São das redes sociais em que todo mundo é bonito, bronzeado, rico, viajado e feliz, são das pessoas que nos querem ver bem, mas nos cobram melhores empregos, melhores lugares para morar, melhores viagens. A vida é nossa e a gente deve viver da melhor forma que a gente conseguir. O resto são os outros, são as expectativas dos outros.

Uau, quando percebi isso foi um peso enorme que saiu das minhas costas. Mas não é fácil, isso tá inscrustado no nosso ser, é algo que tem que ser lembrado diariamente. A minha vida é minha.

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