3 de abril de 2017

A mulher do fim do mundo

Valeu a pena ficar horas na fila pra comprar o ingresso, valeu a pena carregar o ingresso como se fosse uma pequena joia até o dia da apresentação. Valeu a pena ficar impactado com a abertura da cortina e ver aquela entidade maravilhosa sentada em trono, numa mistura de força e fragilidade, de maturidade e infância, de humano e divino. Um dos melhores shows da minha vida, uma das melhores experiências. A carne mais barata, violência doméstica, transsexualidade, samba, rock, tudo misturado. E eu percebi que a vida não precisa ser tão dura, que a vida pode ter arte, pode ter alegria, apesar das dores, das dificuldades. A vida é nossa, a gente precisa rir, precisa lutar. A gente precisa aprender com a Elza, essa orixá, essa mulher do fim do mundo, essa entidade, essa criatura e criadora.

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