21 de maio de 2020

Sol e casa


Hoje acordei às seis da manhã. Ainda estava escuro. Fui no banheiro, tomei minha água e peguei meu caderno. O céu ainda estava escuro e enquanto escrevia o sol começava a aparecer. Agora ao trabalhar de casa, da mesma mesa, virado para a mesma janela, sinto todo o percurso do sol. De manhã cedo o sol não chega aqui diretamente, vejo só o reflexo nos prédios que ficam no horizonte. De tarde o sol vem diretamente aqui, umas três da tarde o sol está bem no rosto e tem achado uma delícia. Mais ou menos como um cachorro ou um gato percorre o caminho do sol dentro de casa para tomar fazer um pouco de fotossíntese. Tenho passado meus dias aqui nessa mesa com o computador, mas tem a janela logo atrás. O sol se pôs quase agora. Antes da quarentena eu praticamente só vinha para casa para dormir, não vivia a minha casa. Agora tenho outra relação de viver aqui. Não me sinto refém da casa, nem preso aqui. Na verdade me sinto bem aqui, em casa mesmo. E tenho gostado de ver o sol. Às vezes quando estou em alguma videoconferência do trabalho paro de olhar para a tela do computador e olho para fora da janela. Imediatamente me sinto melhor. Olho para as plantas, as casas, os prédios. O sol me faz bem. E minha casa também. Vai passar essa fase e espero conseguir continuar em casa.

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