25 de fevereiro de 2014

Real

Depois de quase dois anos de empresa tive minha primeira falta. Uma tosse de alguns dias, dor de garganta, dificuldade de respirar, moleza no corpo. Perguntei pra médica se eu poderia trabalhar no dia seguinte e ela me disse que o ar condicionado poderia acabar de vez com meu sistema imunológico. Fiquei meio culpado em faltar, mas aceitei a recomendação médica.

Ando completamente desconectado da minha vida e realmente um dia de folga para não fazer nada é uma boa pedida para tentar colocar o pensamento em ordem.

A casa está uma bagunça, assim como a vida e a cabeça. Medo de falhar, medo de voltar, medo de ficar, medo de adoecer, de enlouquecer, medo...

Não tenho vontades. Tudo é uma sequência de "tanto faz". Isso ou aquilo!? Pouco me importa. O resultado é o mesmo.

Voltar, ficar, mudar, parar. O problema todo é interno e pouca diferença faz o cenário externo. Basta então entender o que se quer, procurar uma conexão com o mundo. E qual é minha conexão? Qual o meu trabalho, minha meta? Não passar fome, não morar na rua e não ficar desempregado têm sido metas muito baixas.

Hoje vou tentar tirar o resto da tarde para ouvir música e ler. Como naqueles romances do século XVIII que a mocinha dormia, lia ou ouvia música para fugir da realidade. Bem, talvez o que eu esteja vivendo na vida real já¡ seja uma fuga da minha própria realidade. Uma outra realidade. Minha realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário