14 de março de 2014

Mudar

Uma vida mais simples. Essa é a ideia que vem marcando meus pensamentos ultimamente. E fica até engraçado perceber que simplificar é muito mais difícil que levar a vida com esse monte de complicação.

Se pensar bem, minha vida é simples: não tenho filhos, não tenho animais de estimação, não tenho casa própria, não tenho carro. Meu trabalho tem uma rotina mais ou menos estável e conheço bem a região que moro e trabalho.

Mas nos últimos meses notei como minha saúde tem piorado. Uma infecção de garganta me derrubou e desde então tenho uma tosse seca que não me larga. Insônias, cansaço permanente, dores de cabeça, dificuldade de relaxar. Não vou ao dentista, só vou ao médico quando estou quase morrendo. Não faço atividade física, apesar de caminhar todos os dias para a estação do metrô. Não faço amigos novo. Não faço mais nada criativo, nem tenho ideias legais. A vida virou uma grande chatura.

Talvez eu não quero uma vida mais simples. Quero uma vida mais cheia. Quero cuidar da minha saúde, quero relaxar, quero criar coisas, quero sair dessa estagnação que me segue desde, sei lá, desde que eu me lembro.

Mudar talvez não resolva muita coisa (como não resolveu na última mudança). Mas mudar vem com toda aquela novidade e, claro, uma certa esperança de fazer as coisas diferentes. Mais ou menos como a véspera de ano novo que deixa a gente cheio de planos para o ano seguinte, mas que aos poucos vão ficando esquecidos na listinha de resoluções.

Bom, eu quero mesmo é mudar minha cabeça. Só isso!

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