8 de maio de 2015

Simples

Nessa semana, enquanto esperava um café e uma empada eu fui invadido por uma sensação tão boa.

O lugar estava cheio e barulhento, os garçons perdidos, o pedido demorava muito. Mas ficar sentado ali e observar o final da tarde cair, sentir o clima gostoso após a chuva no jardim da parte de trás do Café e estar junto de quem eu amo me fez sentir tão bem.

De repente foquei não no meu trabalho chato, mas sim no fato de não ter uma carga gigantesca de tarefas e, o melhor, terminar o expediente em um horário decente e poder sair para tomar um café e ir ao cinema de rua que fica próximo ao café.

E isso me motivou a pensar em como me condicionei a enfatizar sempre o lado ruim. De tudo. O tempo todo. O lado bom se perde no mar de coisas ruins. E isso foi me sufocou aos poucos, ao ponto de não conseguir enxergar nenhuma saída para mudar.

E então num simples lanche após o trabalho, percebi como minha vida é boa e como ela pode ser simples.

Foi quase como apertar um botão dentro da minha cabeça. Aliás, foi como um exame no oftamologista. O médico vira as lentes daquela máquina gigantesca e pergunta: "Esse está melhor? Ou este?". Parece que estava com um binóculos e troquei por uma lupa.

Claro, minha vida continua cheia de pepinos, abacaxis e bombas. E sempre vai ser assim. Mas também tem tanta coisa boa, dessas que passam despercebidas. É uma sessão de cinema, um livro bacana, um sorriso da moça do caixa, uma promoção de um produto que ia comprar de qualquer forma. E são tardes gostosas esperando um café e uma empada.

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