25 de junho de 2022

Aterrar



Senti a necessidade de estar com os pés descalços e estar perto de árvores. Pegamos uma manta, um pouco de água e um petisco para cachorro e fomos para os jardins do CCBB. Na área externa vimos as obras de Amilcar de Castro e do Oiticica. Céu azul sem nuvens, calor embaixo do sol, frio na sombra, como um bom e seco inverno em Brasília. Achamos a sombra de uma árvore em uma área sem muitas pessoas. Toalha no chão, pés descalços, terra, cerrado, tirar a coleira do cachorro, sentir a brisa e o sol. Respirar fundo. Não lembro a última vez que fiz isso. Ficamos tanto tempo dentro da nossa cápsula, foi bom pousarmos um pouco. Eu ri só de ver o cachorro correr atrás do meu marido e depois voltar para perto da toalha no chão. Eu ria só de sentir meus pés em contato com a terra vermelha e a grama seca. Parecia que eu tinha viajado para uma fazenda ou uma chácara, mas era apenas a alguns minutos da nossa casa. Senti que recarreguei um pouco as energias. Somos parte da natureza. A gente é sempre um pouco criança.

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