1 de agosto de 2008

Hamster

Não gosto muito de academias, mas gosto menos de gordura. Músicas dançantes, cores vibrantes, espelhos por todos os lados e pessoas suadas e elétricas circulando não faz muito meu estilo. Por isso, fiz de melhor amigo meus fones de ouvido e esqueço do ambiente ao meu redor toda vez que corro ouvindo os barulhos esquisitos, ritmados e maravilhosos do Kraftwerk, por exemplo. Não ligo se os fortões vão achar que levanto menos peso que o velhinho de cento e noventa e cinco anos que vem sempre no mesmo horário que eu ou se a gostosona siliconada e dourada vai achar ruim se eu não der a mínima para ela. O vestiário me dá um pouco mais de náusea: umidade, pouca luminosidade e uma mistura de cheiros nada agradável. Aliás, uma vez cheguei a achar que tinham esquecido um cadáver lá dentro quando fui trocar de roupa na mesma hora do fim do treino de futebol. Apesar de tudo isso, é muito bom ver o corpo mudando. A cor branco-escritório vai dando lugar ao bronzeado verão-carioca (embora eu fique parecendo um panda invertido por causa da marca do óculos de natação) e os pneuzinhos e a barriga vão pouco a pouco diminuindo. Sim, a academia é minha roda-de-hamster. Chata, porém necessária.

Um comentário:

  1. que hamster mais fofito!

    o da foto.

    o grandâo é mais que isso, muito mais.

    ama!

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